Cooperação Técnica visita a Caverna da Explosão, em Xambioá/TO

25/01/2012

Os integrantes da Comissão da Cooperação Técnica entre a VC, a SBE e a RBMA, conjuntamente com o Grupo Espeleológico de Marabá (GEM), visitaram o município de Xambioá, em Tocantins, durante os dias 10 e 14 de janeiro de 2012. Os principais objetivos da atividade foram a realização de um diagnóstico da caverna da Explosão e divulgação da Cooperação Técnica na unidade da Votorantim Cimentos dessa cidade.

Xambioá localiza-se no norte de Tocantins, distante 130 km de Marabá e 515 km de Palmas, na região conhecida como “bico do papagaio”. A cidade é conhecida pela extração de cristais de quartzo e por ter sido palco da Guerrilha do Araguaia, um conflito entre o Exército Brasileiro e guerrilheiros do movimento rural armado ligados ao Partido Comunista do Brasil, ocorrido entre 1972 e 1974.

As pesquisas espeleológicas nesta região começaram em 1992 coordenadas pelo GEM conjuntamente com a Fundação Casa da Cultura de Marabá, que é focada nos estudos e na preservação do meio ambiente e cultura locais. A Casa de Cultura abriga ainda o Museu Municipal de Marabá, o qual é uma das mais respeitadas instituições do norte e nordeste do Brasil no âmbito da pesquisa, resgate e preservação ambiental e histórica.

Na região da Chapada são conhecidas 17 cavidades, sendo a Caverna da Explosão a de maior dimensão com 1.203 m de projeção horizontal e 14 m de desnível, localizada à 14 km do núcleo urbano de Xambioá, numa propriedade recém adquirida pela Votorantim Cimentos da Cosipar.

Sua entrada foi parcialmente destruída antes da área ser propriedade da VC, com a queda de grandes blocos do maciço calcário que abriga a cavidade, ocorrida em 2010. Segundo relatório do GEM, o desabamento teria sido natural, embora a região fosse utilizada pela Cosipar para operações da lavra de calcário, atividade esta que foi embargada pelo CECAV em 2008 após denúncia de destruição de cavernas.

Devido às dificuldades técnicas de uma obra de contenção e estabilização dos blocos desmoronados e do maciço comprometidos, foi sugerido que esta área seja apenas isolada, sem intervenções, evitando-se transitar no local, principalmente entre os blocos.

As passagens estreitas nas entradas e condutos iniciais da caverna dificultam o acesso e seu aproveitamento para visitação turística, porém é perfeitamente adequada como campo escola para treinamento espeleológico.

Apesar do impacto em sua entrada principal, o interior está preservado e abriga uma fauna bastante rica, com grande quantidade de morcegos e outros seres cavernícolas, uma característica que também pode ser observada em outras cavernas de menor porte existentes no mesmo maciço, aumentando a importância de sua preservação.

Na visita à Unidade da Votorantim Cimentos, foi possível conhecer as instalações e as ações de meio ambiente desenvolvidas pela empresa, com destaque para o trabalho de captura e soltura de animais, o plantio de mudas e a aplicação de um planejamento que busca compatibilizar suas operações com a preservação de rios, matas e cavernas da região.

Na ocasião, também foram apresentados aos gestores da unidade a Cooperação Técnica e os objetivos da visita, destacando o papel da cooperação para que as ações em torno dos temas propostos pelo Convênio sejam símbolos de motivação e de relacionamento institucional.

A Cooperação Técnica VC-SBE-RBMA agradece à Votorantim Cimentos pelo suporte logístico e ao Grupo Espeleológico de Marabá e à Fundação Casa de Cultura de Marabá pelo apoio local.